A Possibilidade de Tudo
Swinging Electric Chair
Passados dois anos da exposição em Serralves (recordo a série das janelas coloridas por um filtro) cabe agora à Culturgest em Lisboa expor algumas obras de João Paulo Feliciano - The Possibility of Everything. É uma exposição marcada pelas influências directas da música, do rock, Sonic Youth e Tina and the Top Ten (podemos ouvir Teenage Drool em The Big Red Puff Sound Site, 1994) mas também por uma reflexão sobre o espaço.
Light Corner (1990) é disto um bom exemplo: é uma obrigação espacial. Na orientação quotidiana que temos do espaço e das situações não existem esquinas e cantos em simultâneo. Como nos movemos com uma grande liberdade, a circulação espacial evita linhas e ângulos rectos. Assim, circulamos pelo centro imaginário de uma divisão, evitamos o choque com outros elementos por ajustes mínimos, e, estas possibilidades, são também evidentes numa exposição de museu. No lado oposto a esta situação quotidiana de uma circulação interna aos espaços, João Paulo Feliciano parece querer obrigar-nos a entrar nos eixos: leva-nos a enfrentar a rectidão exterior. Percorremos, de algum modo contrariados, esse espaço entre a esquina, leve e luminosa, e o canto da divisão, com uma diferente orientação espacial.
Passados dois anos da exposição em Serralves (recordo a série das janelas coloridas por um filtro) cabe agora à Culturgest em Lisboa expor algumas obras de João Paulo Feliciano - The Possibility of Everything. É uma exposição marcada pelas influências directas da música, do rock, Sonic Youth e Tina and the Top Ten (podemos ouvir Teenage Drool em The Big Red Puff Sound Site, 1994) mas também por uma reflexão sobre o espaço.
Light Corner (1990) é disto um bom exemplo: é uma obrigação espacial. Na orientação quotidiana que temos do espaço e das situações não existem esquinas e cantos em simultâneo. Como nos movemos com uma grande liberdade, a circulação espacial evita linhas e ângulos rectos. Assim, circulamos pelo centro imaginário de uma divisão, evitamos o choque com outros elementos por ajustes mínimos, e, estas possibilidades, são também evidentes numa exposição de museu. No lado oposto a esta situação quotidiana de uma circulação interna aos espaços, João Paulo Feliciano parece querer obrigar-nos a entrar nos eixos: leva-nos a enfrentar a rectidão exterior. Percorremos, de algum modo contrariados, esse espaço entre a esquina, leve e luminosa, e o canto da divisão, com uma diferente orientação espacial.
Para experimentar até 30 de Dezembro.
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