Totoro
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Como razão, a busca de uma nova urbanidade: novas habitações, fábricas e campos de golfe. Todo um passado ancestral deitado fora em prol do progresso numa região em que soam ecos de uma revolução económica dos países vizinhos.
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Nas obras de Myazaki, de forte componente ecológica, a dualidade homem/natureza é uma constante, mas nunca surge representada desta forma. A tensão que se sente na maioria da sua restante cinematografia dá aqui lugar a uma calmia, com base no forte equilíbrio deste sistema. Um equilíbrio que não tem correspondência nos dias correntes.
Na série televisiva de 1978 “Conan, o rapaz do futuro”, também obra de Miyasaki, o autor, que tende a antecipar-se no que diz respeito aos fenómenos naturais, ou melhor, de natureza humana, previa metaforicamente para 2008 uma terceira guerra mundial. Tal não aconteceu. Nesse ano, 2008, anuncia-se sim o estado regressivo do equilíbrio da paisagem de Satoyama.
Hoje, se fosse filmado 21 anos depois, o filme não seria o mesmo. O “autocarro-gato” levaria consigo não só Totoro bem como toda a fauna ameaçada, para nunca mais voltar.
1 Comentários:
Sim senhor, gostei :)
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