6.09.2006

Münster 2007


Jorge Pardo: Pier (1997)

Na cidade de Münster em 1977 (e novamente em 1987 e 1997) ocorreu o primeiro Skulptur Projekte revolucionando o nosso modo de encarar a cidade como anonimato espacial e o museu como espaço fechado e sagrado. Neste cidade a arte deixa de estar encerrada entre paredes para integrar a paisagem citadina através de esculturas de diversos artistas que espelham diferentes interpretações sociais, culturais e históricas. É uma forma de esculpir a paisagem numa escala mais abrangente (escala esta que pode levar a algumas críticas sobre a impossibilidade de fruição estética entre o barulho e o movimento incansável que marcam o ritmo na cidade). No entanto, trata-se de uma mudança formidável: o de tornar pública a arte inserida no dia-a-dia, no quotidiano, descontextualizando os objectos artísticos e reavaliando o carácter intocável destas esculturas. O objecto de arte valioso sai à rua e está acessível sem se tornar, no entanto, um objecto decorativo. Trata-se de um novo conceito de museu e do próprio objecto de arte que combina, deste modo, duas revoluções: do espaço museológico outdoors e da cidade como paisagem artística.

Nam June Paik: 32 cars for the 20th century: play Mozart's Requiem quietly (1997)

Rebecca Horn:The contrary concert (1987)

Em 2007 realiza-se o 4ª encontro deste projecto.

A ler: Idalina Saldanha, “Em Münster: Museu Envolvente” in Arte e Pedagogia, Celta, 2006;

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