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Nos dias que correm, o arquitecto paisagista continua a ser encarado como o “Homem das couves”.
O tema “Paisagem” atinge hoje um estatuto como nunca vira reconhecido, surgindo como um elemento fulcral na génese de qualquer discurso arquitectónico que se quer correcto e consonante com a dinâmica de um território que se altera a passos largos. Tal pressuposto, se por um lado, fomenta o crescente interesse pela profissão, relativiza contudo o papel dos arquitectos paisagistas desenvolvido nas últimas décadas na defesa do património natural e aplicação de princípios de sustentabilidade na construção de espaço público e consequente transformação de território.
Existe como que um “antes” e um “depois”, traçado a partir do momento em que a temática da paisagem passou a figurar de forma exuberante em publicações, concursos, exposições e bienais de arquitectura. Como se o “antes” não existisse, olhos postos no futuro que se aproxima. Sinais ténues de mudança em registo
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O atelier holandês West8, coordenado por Adriaan Geuze, integrado num plano de revitalização de uma zona da cidade de Madrid, propõe para a
Avenida de Portugal um extensa área de jardim delineada a partir de um motivo floral.
Não são couves, são flores.