10.25.2009

cimento

O documentário "Pare, Escute, Olhe", da autoria de Jorge Pelicano, o mesmo de "Ainda Há Pastores?", foi o vencedor da Competição Portuguesa do DocLisboa, recebendo os prémios de melhor longa-metragem e melhor montagem, bem como o Prémio Escolas atribuído por um júri de alunos liceais.
O documentário questiona-se acerca do que resta da linha ferroviária do Tua, face à possível inundação de um troço resultante da instalação de uma nova barragem.
Depois da recente campanha vergonhosa da EDP, ecoa da visualização do trailer de "Pare, Escute e Olhe", a palavra Cimento. Escapa da boca do actual primeiro-ministro, ex-ministro do ambiente e do ordenamento do território no governo de Guterres.

10.22.2009

O ambiente na encruzilhada_Conf.

10.18.2009

Totoro

No final do ano passado, a National Geographic alertava para o declinio de um importante ecossistema agrícola de nome “Satoyama”, uma das mais felizes associações entre homem e natureza no Japão. A imagem inequívoca do trabalho nos campos de arroz não faz juízo ao papel da natureza na construção e subsistência desta unidade de paisagem. Debruçada sobre as terras baixas, uma floresta frondosa contribui de forma significativa para a fertilização dos campos, revelando-se simultaneamente um elemento fulcral no dia-a-dia das populações como fonte de alimento, construção e aquecimento.
Como razão, a busca de uma nova urbanidade: novas habitações, fábricas e campos de golfe. Todo um passado ancestral deitado fora em prol do progresso numa região em que soam ecos de uma revolução económica dos países vizinhos. Hayao Miyazaki tomava como ponto de partida para a sua alegoria “Tonari no Totoro” (1988), a paisagem de “Satoyama”. No filme, duas crianças protegidas pelo pai, aproveitam a sua ausência diurna para prospecções nas terras que rodeiam a sua casa. Fazem amizades com os camponeses dos campos de arroz e com amigos imaginários (ou não) que se escondem entre as imediações do lar e o grande canforeiro.
Nas obras de Myazaki, de forte componente ecológica, a dualidade homem/natureza é uma constante, mas nunca surge representada desta forma. A tensão que se sente na maioria da sua restante cinematografia dá aqui lugar a uma calmia, com base no forte equilíbrio deste sistema. Um equilíbrio que não tem correspondência nos dias correntes.
Na série televisiva de 1978 “Conan, o rapaz do futuro”, também obra de Miyasaki, o autor, que tende a antecipar-se no que diz respeito aos fenómenos naturais, ou melhor, de natureza humana, previa metaforicamente para 2008 uma terceira guerra mundial. Tal não aconteceu. Nesse ano, 2008, anuncia-se sim o estado regressivo do equilíbrio da paisagem de Satoyama.



Hoje, se fosse filmado 21 anos depois, o filme não seria o mesmo. O “autocarro-gato” levaria consigo não só Totoro bem como toda a fauna ameaçada, para nunca mais voltar.

10.12.2009

3 duques


operação 3 duques, ou o triunfo do peão na luta contra a máquina.

valdebebas outra vez

Imagens da proposta apresentada pela equipa portuguesa Extrastudio+Oficina dos Jardins, 4º lugar no Concurso de Concepção do Parque de Valdebebas, Madrid.
Informação aqui.
Entretanto, a decorrer o Concurso de Ideias para o Parque de La Hoya, Almeria, Espanha.

10.07.2009

The Machine as the Garden

"The Machine as the Garden: The Parc des Buttes Chaumont in Paris, 1867" por Antoine Picon (Harvard University/École des Ponts Paris Tech), dia 12 de outubro pelas 16h na Sala polivalente do ICS.

+ informação.