PARR and his Boring Postcards
Martin Parr, fotógrafo e colecionador, resume em três livros sua a colecção de postais: «Martin Parr Postcards. London: Phaidon, 2003», «Boring Postcards. London: Phaidon, 1999» e «Boring Postcards USA. London: Phaidon, 2000».
Os postais são fenómenos interessantes. São perspectivas de um determinado indivíduo e/ou comunidade sobre a sua própria vida e habitat e, principalmente, sobre os aspectos que esse indivíduo e/ou comunidade entende que deveriam ser mostrados ao público exterior.
Simultaneamente, existe uma lógica de mercado, de consumo à qual os postais, como produtos turísticos, não podem fugir. São por isso amostras antropológicas e sociais muito reveladoras.
Parr recolhe postais que fogem dos cânones habituais. Um passatempo mais comum do que se possa pensar. Estes postais revelam uma intensão por vezes pouco nítida para quem observa de fora mas que respeita uma lógica cultural e social muito própria. Esse desfazamento entre o observador e o autor chega, por vezes, à comicidade.
Nos seus livros, Parr constrói uma ideia de um lugar, de comunidade, através da colecção de imagens alienadas do percurso turístico mas ainda assim construídas e fabricadas por outros com o intuito de mediatizar a relação que poderíamos criar com o lugar. Mas, em vez de simplificar uma imagem de lugar, que é o que normalmente os postais procuram fazer, torna-a mais difusa e questionável e, por isso, mais intrigante.
Os postais são fenómenos interessantes. São perspectivas de um determinado indivíduo e/ou comunidade sobre a sua própria vida e habitat e, principalmente, sobre os aspectos que esse indivíduo e/ou comunidade entende que deveriam ser mostrados ao público exterior.
Simultaneamente, existe uma lógica de mercado, de consumo à qual os postais, como produtos turísticos, não podem fugir. São por isso amostras antropológicas e sociais muito reveladoras.
Parr recolhe postais que fogem dos cânones habituais. Um passatempo mais comum do que se possa pensar. Estes postais revelam uma intensão por vezes pouco nítida para quem observa de fora mas que respeita uma lógica cultural e social muito própria. Esse desfazamento entre o observador e o autor chega, por vezes, à comicidade.
Nos seus livros, Parr constrói uma ideia de um lugar, de comunidade, através da colecção de imagens alienadas do percurso turístico mas ainda assim construídas e fabricadas por outros com o intuito de mediatizar a relação que poderíamos criar com o lugar. Mas, em vez de simplificar uma imagem de lugar, que é o que normalmente os postais procuram fazer, torna-a mais difusa e questionável e, por isso, mais intrigante.
fotografias via Magnum Photos